quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tortura.

Um cavalo foi socorrido ontem depois de entrar em coma em uma rua de São Carlos (SP), provavelmente por maus tratos. O animal não resistiu e morreu poucas horas após ser resgatado. O animal, bastante debilitado, puxava uma carroça quando começou a passar mal e caiu. Testemunhas contaram que o dono teria batido no bicho. O dono do cavalo pode responder por maus tratos e pode pegar de 3 meses a 1 ano de prisão. Como o animal morreu, a pena pode aumentar de um sexto a um terço. (No Brasil??? Tá bom ... Não vou colocar foto porque é tanta judiação, que nem dá vontade de acessar o Blog.)
Fonte:http://eptv.globo.com/noticias/NOT,3,3,331157,Dono+de+cavalo+maltratado+pode+pegar+ate+1+ano+de+prisao.aspx

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Conquista em cativeiro.

O zoológico de São Carlos registrou mais uma conquista na área de reprodução em cativeiro. Em outubro de 2010 nasceram dois filhotes de Papagaio Charão (Amazona pretrei), mas somente no início de 2011 eles deixaram o ninho para acompanhar os pais.

Fonte: Jornal "O Estado de São Paulo". Afra Balazina, Andrea Vialli e Evandro Fadel. 11/01/2011.



Agora, imagina você nascer completamente adaptado ao voo, mas ter que viver em cativeiro?

Queria gostar de robô.

Esses dias ...

" - Mãe, por que você não me incentivou a gostar de robôs? Por que, quando criança, não me deu um Atari?"

Minha mãe:

" - Você nasceu gostando de animais, primeiro, quando você não tinha nem 2 anos de idade entrou em estado de choque ao ver um leitão indo para o forno no dia de Natal. Não parava de chorar, ficou abismada ao ver o "nenê"...

... Na época da Lessie, fila brasileiro, só você podia chegar perto. Segurava o prato de comida, colocava a mão na boca, puxava pelo rabo e a Lessie não fazia nada, parecia que você era filhote dela ...

 ...Uma outra vez chegamos de viagem e você achou uma gatinha no quintal. Pronto! Suas bonecas ficaram jogadas em um canto, sem roupa. E lá estava a Chan vestida com as roupas das bonecas, dentro do carrinho, quietinha, topando tudo."

Já adulta ...

Desço do carro e lá vem ele ... que olhar ... fiz um carinho e saí. Ouço o lindeza uivar, tampo os ouvidos, mas não adianta. Volto pro carro e lá está ele, magro, com as costelas aparecendo, sem pelos no rabo e nas patas. Olhar com olhar e digo: "Filho, entra aí" - coloquei as patas dianteiras, empurrei um pouco, em seguida subi as patas traseiras, segurei o bumbum e fui empurrando. Uns 20 min de carro. Primeiro passeio, Romeu chegou na clínica um pouco enjoado. Apertei a campainha e o médico veterinário apareceu e já fui falando: "William, o Romeu me achou na rua. Manda ver um banhão, dá comida, água e às 6 da tarde volto para buscá-lo, ok?" William fez uma cara que dizia: de novo, outro cachorro? Romeuzinho foi castrado (morri de dó), vermifugado e vacinado porque iria para adoção. Mas a adoção não vinha ... que difícil! Enfim, foi ficando de favor na chácara de um amigo e foi ficando, ficando e até hoje está por lá. Arrumou uma amiga inseparável, outro cachorro de rua, a Cocco. Mas essa eu juro que não foi culpa minha. Até hoje duvidam, acham que a Cocco também me achou na rua!
Obs. importante: Dona Antônia, muitíssimo obrigada por cuidar tão bem do Romeuzinho.

Fui para o sul de Minas, na fazenda de uma grande amiga. Abro a janela e dou de cara com uma vaquinha. Que coisa mais linda! Já no banho, ouço uma galinha esgoelar e um porco gritar. Pensei: "É hoje!" Perto do meio dia: "O almoço está na mesa!". Adivinham? Entre o arroz e a couve, lá estavam o porco e o frango ...

Meu melhor amigo faz acompanhamento com o oncologista. Na clínica, por todo o canto, tem lenço de papel ... ufa ... o Dr. Daleck começa a falar e eu começo a chorar. E ele: "Chora mesmo, Márcia, coloca tudo pra fora" - e em seguida - "Tragam mais lenços para a Márcia, por favor." Resumindo, quem dá trabalho sou eu.

Tarde da noite ouvindo rádio e aí começa um tal de "Amar é". Amar é ter em quem pensar, amar é ser só de alguém e nunca deixar esse alguém só, amar é ter alguém para ser feliz, amar é viver intensamente um grande amor ... Dei uma risada e disse: "Zequinha, estão falando da gente!".

Quantas vezes eu já escutei: "Que absurdo, tanta criança passando fome e você aí preocupada com bicho?" Aí respondo: "Olha, sou voluntária em uma creche e falando nisso, estão precisando de uma pessoa para ajudar. Você não quer trabalhar conosco? Uma hora, uma vez por semana!" E a resposta: "Ah, não dá, não tenho tempo". E eu: "Então não quer comprar uma rifa para ajudar as crianças?". "Vixi, esse mês tô sem grana". Por essas e outras que digo que gente eu suporto.

Bem que eu podia gostar de IPhone, IPad, PlayStation, mas não, fui gostar de bicho. Meu próximo cachorro será Made in Japan. Aperto o ´on`, ele balança o rabinho, mexe as orelhinhas, dá um latidinho e ainda diz: "I love you". Em inglês, lógico, porque "Eu te amo" em japonês seria muita frieza da minha parte.


Romeu


Quantidade.

"100 chinchilas são abatidas para a fabricação de um casaco. No caso das raposas, são usadas entre 10 e 18 animais. Para um casaco de coelhos, 30."

Ou seja, as 400 chinchilas apreendidas no Bom Retiro da matéria anterior, dariam para fazer, apenas, 4 casacos. É muito sofrimento para alimentar o ego dessa gente. Pois é, pimenta no c ... dos outros, é refresco.

Jornal "O Estado de São Paulo". Planeta. 12/01/2011.


Mau gosto: uso de peles volta às passarelas. Dá pra acreditar?

Tem uma tal temporada de moda acontecendo no Rio de Janeiro trazendo as tendências para o outono e inverno e junto, uma grande polêmica ambiental: o uso de peles verdadeiras. Três estilistas levaram peles às passarelas, são eles: CARLOS MIELE, que usou raposa e coelho, PATRÍCIA VIEIRA, que apresentou roupas de pele de cabra e coelho e VICTOR DZENCK, com pele de chinchila tingidas de rosa, vermelho e azul.
As argumentações dos estilistas para um assunto tão controverso foram as mais variadas: "o uso de peles é um dos hábitos mais antigos da humanidade", ou então, "crio coleções para mulheres cosmopolitas que podem estar no Brasil ou em qualquer outrro lugar do mundo" ... Imagina você, no Rio de Janeiro, assitindo a um desfile de moda em que as modelos estão usando pele? O inverno brasileiro é ameno e não haveria razão para o uso de peles verdadeiras. Além de antiecológico, é no mínimo, brega! Carlos Miele, questionado se poderia utilizar peles sintéticas, respondeu: "nenhuma tinha o mesmo efeito que a pele verdadeira". Aff ...
O lado da vítima:
De acordo com Ingrid Eder, gerente de campanha da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA, em inglês), os animais que são criados para a produção de pele são submetidos a maus tratos e não há morte indolor. As chinchilas são eletrocutadas ou têm os pescoços deslocados. Agonizam conscientes, enquanto a pele é retirada. 
(Triste) NEGÓCIO - Apesar do clima, o uso de peles no Brasil é promissor. O país é o segundo maior produtor de peles de chinchila, atrás da Argentina. (Só nesses casos é que ficamos em boa posição. Já na educação, saneamento básico sempre somos lanterninha). O deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP) autor de um projeto de lei que proíbe o abate de chinchila para o comércio de pele, afirma que já participou de apreensões de animais até em São Paulo. Segundo conta, "eram 400 chinchilas, confinadas em gaiolas num apartamento no Bom Retiro".
Dinheiro não é sinônimo de bom gosto: Luiz Mori é proprietário do Atelier de Peles, que há mais de 60 anos armazena  casacos de pele natural de famílias tradicionais de São Paulo. Cada peça pode custar de R$4 mil a R$20 mil, mas existem casacos de até R$100mil, feito de zibelina russa. (Por isso que eu digo que Deus dá asa pra cobra). E só pra fechar essa notícia com chave de ouro, a última declaração desses que defendem o uso de pele verdadeiras: "A pele natural tem qualidade superior. É muito mais chique que a sintética".

Se dependessem de mim, esses estilistas iriam morrer de fome.

Fonte: Jornal "O Estado de São Paulo", Afra Balazina, Andrea Vialli, Ana Bizzotto. 12/01/2011.

ZIBELINA RUSSA